segunda-feira, 9 de maio de 2011

Amigos leitoras e amadas amigas, estou ansiosa para chegar o dia do Gari e pode abordar temas legais em sala de aula.Nossa cidade é limpinha? Com que freqüência é feita a coleta do lixo na sua rua? Mas quem é aquele moço que vai juntar nosso lixo?



Quem é que mantém nossa cidade limpinha? O Gari.

Aquele profissional que vai lá no lixo e bota a mão na massa!

Nossa! Não dá para deixar de falar desse profissional muito importante.

Na sala de aula, na escola vamos incentivar os alunos a lembrar esta data sempre, afinal de contas este profissional merece admiração e nossa homenagem!






QUER SABER MAIS?









O dia 16 de maio foi instituído oficialmente como o Dia do Gari em junho de 2001. Mas a data já era dedicada à categoria desde 1962, quando foi publicada a Lei nº 212, que a instituía no Estado da Guanabara, hoje Rio de Janeiro. Em 1974 a mesma lei ganhou complemento que assegurava sua manutenção e, em 28 de junho de 2001, um projeto de lei (nº. 2315), de autoria do deputado carioca Wolney Trindade, deu-lhe caráter constitucional, fazendo com que fosse incluída no Calendário Oficial do Estado. Mais tarde, outros estados também adotaram a mesma data para homenagear os profissionais da limpeza urbana.





A palavra gari começou a ser utilizada para denominar os homens que atuam na coleta de lixo ainda na época do Brasil Imperial, em homenagem a Pedro Aleixo Gari, um empresário francês contratado pela Corte Brasileira para organizar o serviço de limpeza da cidade do Rio de Janeiro, em 1876. Com o tempo, os funcionários que trabalhavam para Pedro Aleixo passaram a ser conhecidos como a 'turma do Gari', ou simplesmente, garis.





Em 1892, o contrato da empresa, já sob a administração de Luciano Gary, primo de Aleixo, encerrou e foi criada, então, a Superintendência de Limpeza Pública e Particular do Rio de Janeiro. Até 1906, o órgão ainda utilizava animais para fazer o trabalho de coleta. Mas como eram em número insuficiente para carregar as 560 toneladas de lixo da cidade, foram substituídos pela tração mecânica e depois pelos caminhões. Na década de 70, quando esse trabalho deixou de ser uma exclusividade dos homens devido à carência da mão-de-obra masculina em São Paulo, surgiu o termo 'margarida', para definir as mulheres que atuam na limpeza urbana.





A palavra foi escolhida por tratar-se de uma flor, que representa a figura feminina, e de cor branca, que remete à idéia de limpeza. Além disso, dentro dela está contida a palavra 'gari'. Embora não se disponha de dados exatos quanto ao número de empresas e de profissionais que atuam nessa área, estima-se que as demandas sejam crescentes. Segundo um levantamento do Ministério do Meio Ambiente, o Brasil produz, em média, 90 milhões de toneladas de lixo por ano e cada brasileiro gera, aproximadamente, 500 gramas de lixo por dia, podendo chegar a mais de 1 kg, dependendo do local em que mora e de seu poder aquisitivo.





De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico feita pelo IBGE, em 2000, eram coletadas, à época, 228.413 toneladas diárias de lixo em todo o País. Na Região Norte, apenas 449 municípios dispunham, até então, de coleta de lixo, enquanto no Sudeste esse número era de 1.666, e no Nordeste de 1.787.

















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POEMA DO GARI




Por Dr. Fernando Enéas de Souza - Defensor Público, titular da Comarca de Coremas. em 30/1/2009





Eu sou o mensageiro da limpeza

E o meu trabalho não me dá moleza

Sou eu que escavaco e varro a podridão

Com o suor de minhas próprias mãos

Em companhia dos meus garis-irmãos

Capino praças, ruas e jardins,

Numa jornada que não tem mais fim.





Com uma vassoura, uma carroça e uma pá,

Vou me movendo pra todo lugar,

Onde a carniça possa se encontrar

Onde a sujeira possa se alojar

Debaixo de sol e da chuva,

Sem mascara e sem luvas.

Estou quase sempre sujo

Meu corpo melado de fezes,

Fedendo mais que um gambá





Eu sou a água sanitária, eu sou o atleta,

Vigilante e sempre alerta

Que corre atrás do coletor.

Recolhendo de porta em porta

O lixo do pobre e do doutor.





De domingo a domingo como sina

Correndo por ruas e esquinas

Trabalhando sem interrupção

Pendurado como um carrapato

A porta de um caminhão.





Sem segurança e sem proteção

Pego com as minhas mãos nuas

Toda a sujeira das ruas

Exposta aos vermes em podridão.

E disso trago assim como um atestado

Em minha pele vermes bordados

Todos os grandes germes tatuados.

A escarrarem a minha condição.





No dia a dia de todo esse reboliço,

Vou cumprindo com esse meu compromisso

Engulindo com cachaça o desespero,

E fazendo da carniça o meu tempero.





E você cidadão quase não me vê

Quando passo nas ruas a recolher

O lixo mau cheiroso em sua porta

É que talvez eu nem me faça perceber

Mas isso também pouco importa.





E por mais que possa ser incrível

Eu pra você sou invisível

Não importa se sou homem

Ou se sou mulher

Para você eu talvez seja assim

Como um bicho qualquer,

Ou como um depósito de lixo,

Atirado em qualquer terreiro

Talvez seja por isso

Que me chamam de lixeiro.

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Um comentário:

  1. Olá querida!
    Tudo bem com você?
    Passei para visitá-la, desculpe o sumiço, você sabe que a ritina é corrida.
    Adorei os posts
    beijos

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