sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A forma de Gestão mais adotada nas escolas é a técnico-ciêntífica, porém esta forma de gestão não é aconselhável por apresentar normas e regras pré-definidas e com uma forte característica de controle dos comportamentos das pessoas e na realização de tarefas. Nesse sentido busca-se rever os velhos problemas de gestão com o intuito de evitá-los e parti rumo a uma gestão democrática, porque é através dela que escola alcançará objetivos concretos junto com a sua comunidade, parceiros ativos no sucesso da escola. A gestão autogestionária e um tipo de gestão que está presentes em escolas que se posicionam em uma abordagem crítica, mas não se preocupam com uma pratica mais estruturada como, por exemplo, o planejamento, o acompanhamento organizacional e avaliação etc. Entretanto é uma forma de gestão que valoriza a participação de todos e têm objetivos e processos de decisões considerando por outro lado a necessidade de realizar com eficácia as tarefas e ter resultados, ou seja, de fazer com que a organização funcione.



Nessa perspectiva, Libâneo sugere algumas ações concretas e algumas competências profissionais que asseguram o desenvolvimento da pratica de gestão, portanto, um trabalho que aconteça de maneira cooperativa e solidária dentro da escola, com objetivo de favorecer a convivência e o respeito, portanto uma equipe que busque está sempre junto a superar conflitos existentes na sociedade e na escola. LIBÂNEO(2006.383) enfatiza que: “O trabalho em equipe é o oposto daquele em que cada professor resolve tudo sozinho e pouco se comunica com os colegas sobre sua atividade. Supõe objetivos e metas coletivas e a responsabilidade individual de cada membro da equipe ao por as decisões em prática”. Com isso, observa-se que o autor se refere a uma união do conjunto de pessoas que aprendem a tomar decisões e coloquem em prática o que foi estabelecido pela equipe, cada um fazendo a sua tarefa com responsabilidade para formar uma estrutura escolar sólida.



O projeto político pedagógico-curricular é realizado pela equipe escolar sempre com o objetivo de definir quais as necessidades da escola. Portanto, espera-se que as dificuldades dos profissionais da escola sejam discutidas e analisadas por todos, a fim de solucionar e incutir uma troca de experiências e de vivências por meio dessas ocasiões, com isso será bem prazeroso reconhecer que as pessoas são diferentes, mas que lutam pela unidade do trabalho no ambiente escolar.



Nesse contexto, é preciso que mediante as diferenças exista uma busca intencional de consenso sobre os problemas as diferenças entre as pessoas da comunidade de aprendizagem para que a estrutura organizacional seja bem definida, e trabalhem de forma cooperativa respeitando a especificidade de cada membro.

Nessa perspectiva entende-se que uma comunidade de aprendizagem é aquela em que professores e alunos têm uma participação ativa nas decisões da escola, por meio de reuniões, debates a fim de melhorar não apenas a qualidade do ensino, como também de discutir sobre os conteúdos, processo de ensino, organização curricular e as relações sociais. Com isso acredita-se a parti dessa organização democrática professores tornem-se mais comprometidos com a realidade dos problemas da instituição mediante a tantos conflitos.



De acordo com LIBANÊO (2006) Para que a escola tenha uma comunidade de aprendizagem precisa adotar uma estrutura organizacional e processo de gestão respeite e valorize o desenvolvimento das competências de todos, pois, essas competências são meios valiosos para que cada membro aprenda a se expressar, enfrentar problemas, capacidade de comunicação liderança e acima de tudo perceba a escola como uma cultura organizacional. É de suma importância que os profissionais da escola tenham uma formação continuada tendo em vista a garantia do desenvolvimento profissional e da escola como um todo. Assim, a união da comunidade de aprendizagem será fortalecida e poderá superar os comportamentos que ainda são muito comuns nas escolas como, por exemplo, a resistência a mudanças, o isolamento, o individualismo, o conformismo e outros obstáculos internos e externos.



Nas competências profissionais do pessoal da escola Libâneo cita oito procedimentos que objetivam possíveis soluções no âmbito da organização escolar: 1) Aprender a participar ativamente de um grupo de trabalho ou de discussão , a desenvolver competências interativa entre si e com os alunos, ou seja, relacionar-se é imprescindível, uma boa relação com o colega, ter disposição em colaborar, seber se expressar, se argumentar com firmeza e sabedoria, saber ouvir e compartilhar interesses e motivações. Nas palavras do autor a relação professor e aluno implica reconhecer também um contato direto com o aluno facilitando assim a aprendizagem.2) Desenvolver capacidades e habilidades de liderança. Pois segundo Libâneo liderar é a capacidade de influenciar, motivar, integrar e organizar pessoas em grupos, afim de trabalharem para a consecução de objetivos.



Dentro desse contexto, o líder, compartilha suas intenções de modo que consiga analisar suas idéias aos demais e assim assumir sua liderança como autoridade. Libâneo aponta outros estilos de liderança que podem contribuir também para compreender este estudo que são: Os estilos autoritários, democráticos e o laisse-faire. Assim, no autoritário o dirigente decide, distribui tarefas, controla, sem participar da equipe na tomada de decisões. No democrático o dirigente toma decisões juntamente com a participação de todos os membros da escola. E no laisse-faire, designa uma pratica de gestão sem a interferência no trabalho dos outros sendo que a coordenação mantem-se ausente do trabalho de todos os outros componentes. Assim, num entendimento atual as capacidades de liderança devem ser desenvolvidas por todos de maneira cooperativa, mútua, devendo nesse sentido saber articular responsabilidades individuais e coletivas é necessário porque a educação está nas mãos de todos.



È preciso desenvolver dentro da escola uma pratica da pesquisa voltada as questões problemáticas e na buscar de soluções de modo que através das reuniões os membros da escola possam detectar esses problemas por meio da ação- reflexão-ação, com um embasamento teórico e avaliação das ações e posturas dos profissionais da escola. LIBÂNEO(2006,402) afirma o seguinte: “Familiariza-se com modalidades e instrumentos de avaliação do sistema, da organização escolar e da aprendizagem escolar.



A avaliação caracteriza-se sempre por ser uma visão retrospectiva do trabalho. É a etapa necessária de qualquer plano ou projeto, no âmbito da escola ou da sala de aula. Todas as pessoas que trabalham na escola e participam dos processos de gestão e de tomada de decisões precisam dominar conhecimentos, instrumentos e práticas de avaliações.” Com isso verifica-se que as reuniões escolares servem também como encontros específicos em que se realiza a avaliação da escola e os objetivos pretendidos. Assim, espera-se que cultura organizacional da escola seja constituída por uma comunidade mais ativa nos processos de gestão, tendo em vista que a gestão participativa é aquela que integra os membros da organização escolar a fim de contribuir para uma educação mais justa e que sirva para todos. Mas para que isso aconteça aluno precisa compreender durante a convivência dele na escola, que todos são iguais nas opiniões de idéias, que respeito terá o aluno por uma escola que nem mesmo o professor tem autonomia para dar falar quando é necessário ou pra se defender de acusações.



Faz-se necessário uma mudança de atitudes por parte desses gestores em torno de uma democracia dentro da escola, em que o professor possa exercer seu papel perante a sociedade. CHALITA (2004. 179) considera que: ”O diretor não deve chamar o professor apenas para esclarecer problemas; é preciso uma convivência contínua para que ele conheça cada um de seus professores” Por isso, e de grande importância, que a escola se aproprie dos novos paradigmas para uma educação renovadora para todos e supere esse conflitos de exclusão no ambiente escolar.


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