AS LENDAS AMAZONICAS
EXISTEM MUITAS LENDAS QUE ATÉ HOJE FAZEM PARTE DA HISTORIA DOS PARAENSES.
SÃO LENDAS QUE VALEM A PENA LEVAR PARA SALA DE AULA E COMPARTILHAR COM OS ALUNOS. EU AMO MINHA TERRA BELÉM DO PARÁ!
A vitória-régia
Em uma tribo indígena da Amazônia vivia uma bela índia chamada Naiá. Ela acreditava que a lua escolhia as moças mais bonitas e as transformava em estrelas que brilhariam para sempre no firmamento.
A índia Naiá também desejava ser escolhida pela lua para ser transformada em uma estrela. Todas as noites ela saía de sua oca a fim de ser vista pela lua mas, para sua tristeza, a lua não a chamava para junto de si.
Naiá já não dormia mais. Passava as noites andando na beira do lago, tentando despertar a atenção da lua. Em uma noite, a índia viu, nas águas límpidas do lago, a figura da lua. A pobre moça, imaginando que a lua havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e morreu afogada.
A lua, comovida diante do sacrifício da bela jovem, resolveu transformá-la em uma estrela diferente daquelas que brilham no céu. E ainda resolveu imortalizá-la na terra, transformando-a em uma delicada flor: a VITÓRIA-RÉGIA (estrela das águas).
Curiosamente as flores desta planta só se abrem durante a noite. É uma flor de perfume ativo e, suas pétalas, que ao desabrocharem são brancas, tornam-se rosadas quando os primeiros raios do sol aparecem.
A cobra-grande
É uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico. Conta a lenda que em uma certa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da boiúna (cobra-grande, sucuri), deu à luz duas crianças gêmeas. Um menino, que recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de Maria. Para ficar livre dos filhos, a mãe jogou as duas crianças no rio.
Lá eles se criaram. Honorato não fazia nenhum mal, mas sua irmã tinha uma personalidade muito perversa. Causava sérios prejuízos aos outros animais e também às pessoas. Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la.
Honorato, em algumas noites de luar, perdia o encanto e adquiria a forma humana, transformando-se em um belo e elegante rapaz, deixando as águas para levar uma vida normal na terra.
Para quebrar o encanto de Honorato era preciso que alguém tivesse muita coragem para derramar leite na boca da enorme cobra, fazendo um ferimento na cabeça até sair sangue. Mas ninguém tinha coragem de enfrentar o enorme monstro.
Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu libertar Honorato do terrível encanto, deixando de ser cobra d'água para viver na terra com sua família
O boto
Conta a lenda que o boto, mamífero encontrado nos rios da Amazônia, se transforma em um belo e elegante rapaz durante a noite, quando sai das águas à conquista das moças.
Elas não resistem a sua beleza e simpatia e caem de amores por ele. O Boto também é considerado protetor das mulheres, pois quando ocorre naufrágio com uma embarcação, se o boto estiver por perto ele salva a vida das mulheres empurrando-as para a margem do rio.
As mulheres são conquistadas pelo boto na beira dos rios, quando vão tomar banho ou mesmo nas festas realizadas nas cidades próximas a rios. O boto vai aos bailes e dança com sua provável vítima, lançando galanteios de sedução.
A mulher, sem desconfiar da armadilha, se apaixona e engravida do "rapaz". É por esta razão que ao boto é atribuída a paternidade de todos os filhos de mães solteiras
O açaí
Há muito tempo, quando ainda não existia a cidade de Belém, vivia no local uma tribo indígena muito numerosa. Como os alimentos eram escassos, tornava-se muito difícil conseguir comida para todos os índios da tribo.
Então o cacique Itaki tomou uma decisão muito cruel: resolveu que a partir daquele dia todas as crianças que nascessem seriam sacrificadas para evitar o aumento populacional de sua tribo. Até que um dia a filha do cacique, chamada Iaçã, deu à luz uma bonita menina, que também teve de ser sacrificada. Iaçã ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades de sua filhinha.
Ficou vários dias enclausurada em sua tenda e pediu a Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar o povo, sem o sacrifício das crianças. Certa noite de lua, Iaçã ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua linda filhinha sorridente, ao pé de uma esbelta palmeira. Inicialmente ficou estática, mas logo depois, lançou-se em direção à filha, abraçando-a. Porém, misteriosamente sua filha desapareceu. Iaçã, inconsolável, chorou muito até desfalecer.
No dia seguinte, seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira, que estava carregada de frutinhos escuros. Itaki então mandou que apanhassem os frutos em alguidar de madeira, obtendo um vinho avermelhado que batizou de AÇAÍ, em homenagem a sua filha (IAÇÃ invertido). Alimentou seu povo e, a partir desse dia, suspendeu a ordem de sacrificar as crianças
Matinta Perêra
A Matinta Perêra é uma velha vestida de preto, com os cabelos caídos no rosto. Tem hábitos noturnos, preferindo as noites sem luar. Quando sente a presença de alguma pessoa ela dá um assobio estridente, dando a impressão de estar gritando o seu próprio nome: Matinta Perêra.
Seu aparecimento causa verdadeiro pavor às pessoas. A Matinta Perêra pode aparecer de diversas formas, transformando-se quase sempre em coruja, apesar de aparecer também na forma de outros animais.
Para se descobrir quem é a Matinta Perêra, basta que a pessoa que ouvir o seu assobio convide-a para vir a sua casa pela manhã para tomar café. Na manhã seguinte, a primeira pessoa que chegar pedindo café ou tabaco é a Matinta Perêra.
Acredita-se que a Matinta Perêra possui poderes sobrenaturais. Seus feitiços são capazes de causar sérios prejuízos às vítimas, principalmente com respeito à saúde, causando-lhes fortes dores físicas e até a morte.
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